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terça-feira, 1 de abril de 2014

[Beefs] Beefs - Hip-Hop Moz


´´Beefs´´- Hip Hop em Moçambique.

É lamentável observar o que tem estado a acontecer no movimento Hip Hop em Moçambique nos últimos anos. Há uma forte tendência de criar ‘’Beefs’’ ou seja conflitos, neste caso conflitos líricos (musicais).
Em jeito de comparação podemos fazer referência aos Estados Unidos de América (EUA) onde  este tipos de conflitos são muito comuns, em que um rapper para mostrar a sua superioridade no que tange  ao conteúdo das suas letras, capacidade de rappar ou de improvisar, propõe um desafio a outro Rapper,  com vista a obter deste uma reação, e com base no desenrolar dos acontecimentos  os seguidores desta cultura, em última analise concluem quem é o melhor Rapper.

Mas o problema é que em muitos casos estas competições acabam drasticamente, devido a situações que terminam em agressões físicas, ou em óbitos em casos extremos, pelo facto destes conflitos não se limitarem em muitos casos, somente a troca de ideas utilizando a música.

Por isso, a comunidade do Hip Hop Norte Americano tende agora a pôr termo a todo tipo de ´´Beefs´´, e até existem vários interlocutores como por exemplo figuras de renome da esfera religiosa e vários grupos sociais, que contribuem voluntariamente para mediar e dirimir este tipo de litígios (embora haja resistência por parte de muitos rappers). Todas estas acções são tomadas, tendo em conta que muitos rappers já perderam as suas vidas em virtude destes conflitos, entre eles conceituados rappers conhecidos em todo mundo.

Moçambique é um país que está a crescer culturalmente, e a sofrer várias influências por causa da globalização, mas consideramos que tem que haver limites no que adoptamos de outros países.
Concretamente, no que concerne ao Hip Hop em Moçambique, devemos dizer que consideramos que se encontra numa fase maravilhosa,  e podemos notar que a sociedade olha para os rappers de forma menos discriminatória e mais respeitosa, atendendo e considerando que este género musical já se faz ouvir em programas radiofónicos e televisivos, bem como se pode notar que os rappers já são convidados a actuar em grandes espetáculos nacionais e até internacionais, e alguns até celebram  contractos com empresas públicas e privadas.

Por isso, nós pensamos que os ´´Beefs´´ não são pertinentes, até porque estamos a lutar para conquistar mais espaço para que possamos estar a mesma altura dos fazedores de outros géneros musicais. Mas por causa destes ´´Beef’s´´ podemos de certo modo destruir a nossa reputação, e limitar as nossas chances de crescimento.
Portanto pensamos que todos nós devemos envidar esforços para construir e solidificar o ‘’edifício’’ do Hip Hop em Moçambique, e mostrar a sociedade que não somos o que algumas pessoas pensam  (marginais, ignorantes), somos pelo contrário ativistas sócias, lutamos pelos Diretos Humanos, e temos conhecimento do papel social que desempenhamos, que é importante, para o crescimento da nossa  Nação em vários sentidos.

Existem vários exemplos de rappers que representam bem o nosso movimento, uns fazem rap comercial, e animam o povo, animam as almas dos moçambicanos e outros fazem música para reflexão, e não só. Mas todos este trazem algo de bom para a sociedade.

Nota: Não somos contra batalhas líricas entre rappers, mas estas devem ocorrer por exemplo em ‘’Freestyle Battles’’, ou seja, em concursos de rap, em fóruns pacíficos, com o intuito de competir para melhorar os ‘’skills’’ e trocar experiências com outros rappers, mas não para desrespeitar outrem ofendendo-o por meio de difamação, calúnia ou injúria. 

Caros amigos, devemos é trabalhar para rentabilizar o nosso trabalho de forma condigna. A luta é pelo Hip Hop, e não contra o Hip Hop, argumento que fazemos tendo em conta que aquele que faz algo que pode por em causa o bom nome da Cultura Hip Hop e seus seguidores é um desestabilizador e não um construtor.
Viva ao Hip Hop Moçambicano, viva a paz e harmonia social. Se existe algum ´´Beef´´ latente ou prestes a acontecer ou em curso, devemos todos lutar para dirimi-lo, pem beneficio do Hip Hop Moçambicano. 

Viva ao Hip Hop Moçambicano.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

[Beef´s] O Produtor Moçambicano Al Jazz acusa um Mc Angolano denominado de Organoydz de Usar os seus Beats sem autorização

Texto Enviado Por Al Jazz, este que é um produtor moçambicano dos Paiol Sonoro, confiram...

Cordiais Saudações
Agradeço que todos os amigos envolvidos no cenário musical Hip-Hop nacional e internacional (especialmente Angola) que compartilhem este post em vosso mural para servir de exemplo aos outros sobre o que me aconteceu recentemente.
Indo ao assunto,
Em Setembro deste mesmo ano, um MC Angolano com o nome de ORGANOYDZ lançou um álbum intitulado "AS 10 INICIAÇÕES" supostamente com a minha pessoa (alJaZz) com 10 músicas. O mais engraçado é que o álbum foi lançado sem o meu conhecimento e nem eu tinha conhecimento da existência deste MC.
No entanto quando o bro Adriano Didas também Mangolê vem congratular me pelo bom nível de produção neste álbum me veio a interrogação de qual álbum este estaria falando, então eu fui ao Google pesquisar e me deparo com o álbum em vários blogs da lusofonia, houve até pré-anuncio deste álbum e tudo isto debaixo do meu nariz. Lol.
Perante isto comecei a interrogar a todos amigos na arena do Hip-Hop Angolano quem seria este MC e como é que as minhas instrumentais foram parar nas mãos dele sem nenhum direito reservado.

Descubro depois que afinal de contas o rapper Isidro O Pensador a.k.a XTYGMAZ com quem eu havia deixado as instrumentais a quase 1 ano em formato Demo facultou as instrumentais ao ORGANOYDZ, porque este alegava que pretendia obtê-las para gravar o seu projecto.
Depois de muito tempo sem nenhum feedback do Isidro se adquiriria as instrumentais ou não, surge este álbum "AS 10 INICIAÇÕES" com parte das instrumentais que eu havia submetido a ele. O mais grave é que 3 dessas instrumentais já tinham sido vendidas para outro rapper lá da Banda.
Na tentativa de resolver o assunto no mês de Outubro contactei o rapper ORGANOYDZ para que ele procedesse com a regularização do uso indevido das minhas instrumentais. Mas este e o seu companheiro de estúdio e de música Isidro não dão qualquer tipo de passo para que isto se resolva, e agora não respondem a e-mails, mensagens e nem a chamadas.
Não pretendo aqui manchá-los, mas de alguma maneira eu tinha de informar a todos o que esta acontecendo e não ficar calado porque a história pode se repetir com os meus compatriotas produtores.
Exigimos respeito com a nossa musica, o dom da criatividade não cai do céu.
É triste porque era suposto todos nós envolvidos no rap Lusófono que nos apoiássemos no movimento e não vir com atitudes como estas.
Até com rappers de USA e UK já trabalhei e nunca se comportaram da mesma maneira.
Lamentável. Enfim...